sábado, 19 de setembro de 2009
A Carta
Que não consigo ver nem ao menos entender
Agora meus amigos me zoam e não param de gritar que eu tenho que mudar
E parar de ficar lembrando de você
Eles não compreendem sua partida
Não conseguem entender minha perda
Só sabem reclamar
Mas nunca souberam o que é amar
REFRÃO
Essas cartas malditas
Escritas com mentiras
Me despertam ira
Me despertam raiva
E me trás a dor
Que não me faz esquecer esse amor (2X)
Agora as cartas eu queimo
Pra não ter mais lembranças
Do tempo que não volta
Não, o nosso tempo não volta (2X)
Refrão
Essas cartas malditas
Escritas com mentiras
Me despertam ira
Me despertam raiva
E me trás a dor
Que não me faz esquecer esse amor (2X)
Pego os restos das cartas
E a ponho ao vento
Com ele rezo que leve também meus sentimentos
E espero esquecer o passado (2x)
Que já foi queimado
Refrão
Essas cartas malditas
Escritas com mentiras
Me despertam ira
Me despertam raiva
E me trás a dor
Que não me faz esquecer esse amor (4X)
Escrito por: D.V.T
terça-feira, 23 de junho de 2009
Guerra
Que se encontra na parede
Cheio de teias de aranha
Passo a mão nele
Para tirar a sujeira
E logo começo a tocar
Nas primeiras notas
Tento representar
A angustia que sinto
Pelas atrocidades humanas cometidas
Com o ritmo
Os meus dedos vão representando
A dor que nós trazemos no peito
Quando vemos sangue espalhado no chão
Por culpa daqueles que gostam de brincar de guerra
Usando a população
Já no final
As cordas vão se arrebentando
E nas suas ultimas badaladas
Ouço a agonia das pessoas
Que mataram por alguém
Que está em casa
Tomando o seu ultimo copo de vinho
Antes de se deitar
Caminhos a noite
Caminho de noite
Encontro todos está em seus lares
Alguns estão dormindo
Outros estão assistindo a reportagem na TV
Que vive mostrando quantas pessoas estão mortas
Ou quantas frutas ainda podem rebolar
Corro em meio aos becos escuros
Vejo pessoas lá caídas em um sono profundo
Tento fazer o mínimo de barulho para não despertalas
Vejo uma criança deitada ali tremendo
Tiro minha blusa para cobri La
Então subo no telhado
E começo a andar por lá
Está frio eu sei
Mas prefiro enfrentar a noite gelada
Do que voltar para casa
Deitar em minha cama e dormir
E sonhar com um mundo
Que ao meu despertar
Nunca mais existira
Os barulhos dos gatos me perseguem
Mas é bom, pois me matem acordado
Assim eu posso ver a realidade crua e fria
Deves em sonhar com uma liberdade
Que no final só me traria dor e agonia
segunda-feira, 25 de maio de 2009
ABCD.....................
Fico sentado em frente a minha janela
Vejo todo dia milhares de pessoas passando
Essa rotina se aplica a todo instante
Já estou farto de esperar algo mudar
Mesmo se eu morresse
A rotina não ia avançar
Muito menos atrasar
Seria a mesma
Não sei por que não me pareço com eles
Não tenho rotina
Muito menos conto quantos passos eu posso dar
Não entendo como o bicho homem é tão previsível
Então faço perguntas sobre o mundo
Que homens nunca poderiam entender
Minhas palavras são jogadas aos ventos
Esperando que os Deuses possam me responder
Mas ela por sua vez nunca me veio
Às vezes acho que estou sozinho nessa jornada
Então vejo um pássaro azul
Ele voa tão livremente
Que seria impossível
Para um humano imitar
Talvez-Não sei
Para um lugar denominado Não Sei
Mas essa caminhada seria mais fácil
Se com você eu pudesse contar
Talvez esteja duvidando
Dos meus sentimentos por você
Mas você sabe que eu sou incapaz de te enganar
Pelo simples fato que eu estou sempre disposto a te amar
Talvez você ache
Que isso é só uma palavra para te convencer
Mas nós dois sabemos no fundo
Que essa palavra só me vem à mente quando penso em você
Por isso eu te chamo
Vamos caminhar por aí
Sem rumo ou lugar
Quem saiba agente chegue
Em um lugar Não Sei
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Incógnita
Onde eu moro?
Quem sou eu?
Quando foi que eu morri?
Ando vagamente pelas ruas
Sem rumo ou objetivo
Não sei mais aonde posso parar para descansar
Sem ter que pagar
Ao caminhar em uma possa d’água
Às vezes tento ver meu reflexo
Mas só consigo enxergar cicatrizes
De um pobre corpo desgastado
Meus pés sangrando encostam-se ao chão
Sem que eu sinta alguma dor
Mas ainda sinto a ferida
De não saber quem sou
Percorro a cidade para tentar encontrar
Algo que me ligue ao meu passado
Ou mesmo meu velho lar
Mas sempre falho e volto ao mesmo local
Como queria ter o espírito de minha mãe
A força de meu pai
O físico dos meus irmãos
E o coração de minha amada
Ou mesmo apenas ter lhes conhecidos
Mas a minha vida não passa de uma incógnita
Sem solução ou razão
Sem esperança ou animação
Sigo sempre em frente
Para que um dia
Eu ache alguma resposta
Que decifre minha incógnita
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Desejo
Eu sei que não posso tocá-los apenas desejá-los
Eu sei que o que eu sinto por você e extremamente enlouquecente
Mas o que eu posso fazer e sou louco e não consigo recusar essa paixão
Você me deixou assim sem sentidos
Não paro de pensar em seus seios fartos e sua natureza angelical
Por que eu sempre me pergunto? Por quê?
Como você pode me dominar assim
Deixando-me sempre de lado e aumentando minha louca paixão
Sim você tem um rosto angelical, mas sua alma veio das profundezas do mal
Não se contenta só com o meu pensamento, quer a minha alma
Tirou todo meu senso e agora vai tirar todos meus sentimentos
Não consigo pregar os olhos sem seu corpo imaginar
Não consigo respirar sem pensar em sua boca carnuda com meus lábios tocar
Nem consigo mais chorar quando estou prestes a começar você vem em minha mente para atrapalhar
Estou doente, doente de paixão que vai me matando aos poucos
Não consigo enxergar nem mesmo consigo respirar
Está feliz por te me mandado para um lugar onde eu não consiga mais voltar?
Mas você e tão bela que eu não consigo resistir
E como se fosse a ultima maçã do éden
Você e tão poderosa que julga com minha vida
Mas mesmo sabendo que estou aqui aos seus pés você me deixa viver
Eu só queria um beijo para saciar a minha fome, minha sede
Para saciar o grito de lamento de minha alma
............
Já é mais de meia noite e não sei onde me encontrar
Eu poderia estar no céu ou no inferno
Nada disso importaria
Se ao seu lado eu pudesse me enxergar
Lágrimas escorrem de meus olhos
Sem o menor esforço
Eu as enxugo, mas não adianta
Meu coração está ferido
E nada posso fazer, nada para isso parar
Só me lembro o quanto era bom
Ter os seus lábios juntos aos meus
Já ouço muitas vozes a me chamar
Mas não dou ouvido a nenhuma delas
Pois nenhuma delas tem o seu soar
Sua graça ou paixão
Então não me importa quem seja
É melhor ignorar e te esperar
Já está muito escuro mal posso enxergar
Já não tenho olfato, tato ou paladar
Já não tenho mais cara
Nem coração
Mas ainda me resta algo
O meu amor por você
A Morte
Vinha toda de preto
Caminhando devagar
Seus cabelos balançavam para o lado
Isso me deixava atordoado
A cada passo dela
Meu coração disparava
A cada respiração dela
Minha alma se contorcia
Ela enfim chegou a mim
Tocou-me
Logo senti o seu corpo gelado
Ela foi se aproximando dos meus lábios
Eu não queria aquilo
Mas meu corpo desejava
Não pude evitar
E um beijo dela recebi
Não sei ao certo quanto tempo durou
Mas para cada movimento
E como se minha alma aos poucos
Fosse desaparecendo
Mas mesmo assim
Não queria parar de beijá-la
Mesmo sabendo que a morte me aguardava
A tentação não me deixava
Aos poucos ela foi desaparecendo
E meu corpo foi desmoronando
Aos poucos nem conseguia falar
Nem sentia mais amor ou ódio
Muito menos dor ou felicidade
Talvez a tentação nem fosse pelo beijo
Fosse a tentação de sentir o gosto da morte
soar dos Anjos
Estou dentro de minha mente
Vejo milhares de portas
Não sei em qual delas devo entrar
Estou confuso, não sei o caminho que devo percorrer
Até que ao longe ouço um soar diferente
Vindo de uma da portas
Fico com medo, mas não posso evitar
A curiosidade bate mais forte do que a razão
Coloco minha mão na maçaneta e começo a girar
Meu coração dispara, minha mão começa a tremer
Mas mesmo assim não quero voltar atrás
Ao abrir a porta vejo anjos a cantar
Em sua melodia minha alma está a chamar
Vou dando um passo de cada vez
Até que um deles vem a me oferecer um lugar a sentar
Ao sentar não sinto mais o medo de antes
Sinto uma nostalgia imensa
Logo a minha frente tem uma cortina
Então ela se abre
Os anjos estão a me representar
Vendo aquilo vejo o quanto eu pequei
Sem motivo nenhum, só por puro prazer
Analiso que mais odiei do que amei
Mais matei do que vivi
Aquelas cenas aos poucos vão corroendo a minha alma
Aos poucos tudo começa a ficar escuro
E a única coisa que consigo ouvir é...
O soar dos anjos