terça-feira, 23 de junho de 2009

Guerra

Pego o violão
Que se encontra na parede
Cheio de teias de aranha
Passo a mão nele
Para tirar a sujeira
E logo começo a tocar

Nas primeiras notas
Tento representar
A angustia que sinto
Pelas atrocidades humanas cometidas

Com o ritmo
Os meus dedos vão representando
A dor que nós trazemos no peito
Quando vemos sangue espalhado no chão
Por culpa daqueles que gostam de brincar de guerra
Usando a população

Já no final
As cordas vão se arrebentando
E nas suas ultimas badaladas
Ouço a agonia das pessoas
Que mataram por alguém
Que está em casa
Tomando o seu ultimo copo de vinho
Antes de se deitar

Caminhos a noite

Caminhos a noite

Caminho de noite
Encontro todos está em seus lares
Alguns estão dormindo
Outros estão assistindo a reportagem na TV
Que vive mostrando quantas pessoas estão mortas
Ou quantas frutas ainda podem rebolar

Corro em meio aos becos escuros
Vejo pessoas lá caídas em um sono profundo
Tento fazer o mínimo de barulho para não despertalas
Vejo uma criança deitada ali tremendo
Tiro minha blusa para cobri La

Então subo no telhado
E começo a andar por lá
Está frio eu sei
Mas prefiro enfrentar a noite gelada
Do que voltar para casa
Deitar em minha cama e dormir
E sonhar com um mundo
Que ao meu despertar
Nunca mais existira

Os barulhos dos gatos me perseguem
Mas é bom, pois me matem acordado
Assim eu posso ver a realidade crua e fria
Deves em sonhar com uma liberdade
Que no final só me traria dor e agonia